sábado, 16 de fevereiro de 2008

Festival de Berlim: vitória de "Tropa de Elite" é uma lição para muitos críticos

A premiação do filme brasileiro "Tropa de Elite" com o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim me deixou duplamente satisfeito.

Em primeiro lugar, porque eu achei o filme excelente. Por sinal, foi uma baita injustiça que "Tropa de Eliete" não tenha sido o indicado brasileiro ao Oscar de filme estrangeiro.

Em segundo, e o mais importante, foi que este prêmio, um dos mais importantes do cinema, foi um verdadeiro tapa da cara da maioria dos críticos especializados, e não apenas os brasileiros.

Não tenho nada pessoal contra os críticos, mas qualquer um que freqüente com certa assiduidade as salas de cinema e que costume ler as resenhas publicadas nos jornais, sabe que esta turma às vezes deixa a arrogância falar mais alto.

O filme de José Padilha, apenas como obra cinematográfica, é sensacional, tem ritmo, o roteiro é envolvente e tem um Wagner Moura simplesmente arrasador no papel principal do Capitão Nascimento. Mas a "turminha" que adora filmes em que gente normal fica olhando pra tela durante um par de horas e não entende nada, odiou a obra.

Talvez por que sejam sensíveis demais diante da violência real que cerca o Brasil; talvez porque o filme ponha o dedo na ferida sobre quem ajuda a manter o tráfico de drogas no país; talvez porque sejam arrogantes demais e resolveram rotular a obra como "fascista".

Um prêmio merecido para um filme sensacional.

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