A cada dia que passa, convenço-me que o último lugar onde devo tomar referências antes de ir ao cinema é o caderno de variedades dos jornais. O exemplo mais recente aconteceu antes de assistir a "Mamma Mia! - O Filme", que liderou as bilheterias brasileiras em sua semana de estréia.
"Histérico", "resultado abaixo da média", "músicas não se encaixam na ação", "Mamma Mia não foi pensado cinematograficamente", "um filme cheio de momentos constrangedores" são apenas algumas frases pinçadas em críticas de boa parte dos jornais e sites especializados.
Se eu tomasse como base estes malas, certamente não teria passado cerca de duas agradáveis horas dentro do cinema.
"Mamma Mia!" pode não se ruma obra-prima em termos de roteiro, mas pelo amor de Deus, cinema é diversão (acho que já escrevi isso aqui). É simplesmente impossível não se empolgar com a história da garota Sophie (Amanda Seyfried), que prestes a se casar, decide descobrir quem é seu pai e para isso, convida três ex-namorados de sua mãe, Donna (Meryl Streep): Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth).
O grande charme do filme - e o que certamente irrita boa parte dos azedos críticos de cinema - são as canções pop do grupo sueco Abba, ícone dos anos 70 e início dos 80. Como minha mulher comentou comigo após a sessão, sua alma fica mais leve depois de ver "Mamma Mia!".
Ah, e mais uma coisa: se depois dos 108 minutos de duração você não conseguir nem ter ânimo para cantarolar "Dancing queen", parabéns: já pode se tornar mais um azedo crítico de cinema.
Fotos: divulgação
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Há 22 horas
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