Para a turma da minha geração, talvez não exista entre aqueles chamados "filmes adultos" (o pupular pornô!) algo mais marcante do que Garganta Profunda. Naqueles anos pós-censura, lá por volta de 1981, 82, era comum que fossem relançados alguns clássicos do cinema que ficaram barrados por conta da iluminada cabeça dos censores.
Isso aconteceu com Garganta Profunda, obra do diretor de origem italiana Gerard Damiano, que morreu nesta segunda-feira (27/10), na Flórida (EUA), de problemas cardíacos.
O filme, de 1972, causou uma verdadeira revolução, pois foi o primeira a ser exibido em cinemas tradicionais e passando dos US$ 600 milhões de arrecadação. E pensar que Damiano só levou uma semana para filmá-lo, gastando US$ 25 mil.
O segredo do sucesso: o desempenho da atriz principal, Linda Lovelace (na verdade, Linda Boreman, morta em 2002 num acidente de carro), a quem o título do filme fazia referência, graças à insólita localização do clitóris da sua personagem.
Mas Damiano também tem seus méritos, ao conseguir colocar uma trama interessante em um gênero de filme onde roteiro é o que menos importa. Ele foi a inspiração para o personagem de Burt Reynolds no filme Boogie Nights, que fazia um diretor que sonhava com o reconhecimento artístico.
Polêmico (também, né?), o filme foi banido em vários estados americanos na época, enquanto o ator Harry Reems, que fez o papel de um médico que descobriu o segredo de Linda, sofreu vários processos. Já Linda afirmou que foi obrigada por seu marido e empresário a fazer o filme sob a mira de uma arma. "Quem assistiu a Garganta Profunda na verdade estava vendo o meu estupro", disse a atriz, anos depois.
Abaixo, alguns trechos do grande sucesso de Gerard Damiano:
Objek Wisata Terkenal di Brasil
Há 4 dias
Laguna, até hoje não vi este clássico. Preciso corrigir este lapso rapidamente. Abs
ResponderExcluir